terça-feira, 24 de agosto de 2010

Enquete revela que bajeenses acreditam na existência do índio Ibajé


Às vésperas dos 200 anos de Bagé busca-se de várias maneiras resgatar a história do município. Quanto à origem do nome Bagé, há duas hipóteses, mas elas ainda são discutidas. Há quem diga que no local onde hoje está situada Bagé, viveu um cacique minuano chamado Ibagé.

O índio Ibagé estaria enterrado no Cerro da cidade e, do seu nome, teria se originado o nome do município. A existência desse índio nunca foi comprovada, alguns acreditam que seja uma lenda. A outra hipótese diz que a origem do nome Bagé vem da linguagem indígena, e está relacionada com a idéia de “cerros”. Os índios tapes chamavam os Cerros de “mbaiê”, porém a expressão mais aceita para a origem do nome da cidade é “bag”, outra expressão indígena que também significa “cerros”.

A partir destes indicativos, A Biblioteca Pública Municipal Dr. Otávio Santos realizou na semana passada uma exposição contando a história do Índio Ibajé. Durante a exposição foi realizada uma enquete perguntando: “Você acredita que o índio Ibajé deu origem ao nome da cidade de Bagé?”

Ao fim da enquete, a diretora Ana Lúcia Soares, divulgou que 80% dos votos da população acredita que a origem do nome da cidade se deve ao fato de que o Índio Ibajé viveu e morreu em Bagé.

Porém, o jornalista e integrante do Conselho Municipal de Cultura, Orlando Carlos Brasil, fala que apesar de achar interessante cultuar a imagem do índio Ibajé, é pouco provável que ele tenha dado nome à cidade. Ele alega que, segundo estudos que já fez sobre o assunto, um dos motivos é que o índio teria que ter morrido com mais de cem anos. “Antigamente, dificilmente um indígena chegava aos quarenta anos de vida”, observa Brasil.

Já o historiador Cláudio Lemiesek afirma que em todos os estudos que fez acerca da possível existência do cacique, nunca encontrou nenhuma fonte primária que lhe comprovasse que o índio Ibajé viveu nessa região. “Ainda que esta seja uma uma importante lenda de força poética para a história de Bagé”, argumenta.

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